Bhoomi Chauhan, que vive no Reino Unido, ficou presa no trânsito e perdeu embarque para voo que caiu logo após a decolagem
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 13/06/2025, às 17h10
Bhoomi Chauhan, de 28 anos, descreveu como um "verdadeiro milagre" o fato de ter perdido por poucos minutos o voo da Air India que caiu logo após a decolagem, matando 241 pessoas a bordo, incluindo 12 tripulantes. O acidente ocorreu na última quinta-feira, 12, em Ahmedabad, na Índia, quando a aeronave seguia para Londres.
Moradora da cidade inglesa de Bristol e estudante de istração de empresas, Chauhan estava de férias na região oeste da Índia com o marido e deveria ter embarcado no voo AI171.
No entanto, o trânsito intenso em Ahmedabad atrasou sua chegada ao aeroporto em cerca de uma hora. Quando finalmente conseguiu chegar, os funcionários da companhia aérea impediram seu embarque, mesmo após a jovem insistir que faltavam apenas dez minutos para a partida.
Fiquei muito brava com o motorista e saí do aeroporto frustrada", contou a mulher à BBC.
"Só pensava que, se tivéssemos saído um pouco mais cedo, eu teria embarcado." Ela e o marido decidiram parar para tomar chá enquanto conversavam com o agente de viagens sobre o reembolso das agens. Foi nesse momento que recebeu uma ligação informando que o avião havia caído.
O voo, que decolou com destino ao aeroporto londrino de Gatwick, apresentou falhas ao tentar ganhar altitude e caiu cerca de 30 segundos após deixar o solo, atingindo uma área residencial. Além dos ageiros e tripulantes mortos, pelo menos oito pessoas em solo perderam a vida. Um único sobrevivente do desastre — o cidadão britânico Vishwashkumar Ramesh — foi resgatado com vida e levado ao hospital.
Segundo o G1, o cartão de embarque digital de Bhoomi mostrava o assento 36G da classe econômica. Apesar do check-in online já realizado, o atraso impediu que ela finalizasse o embarque presencialmente. "Implorei aos funcionários que me deixassem entrar, disse que era a última ageira, mas não permitiram", relembra.
Enquanto as autoridades investigam as causas do acidente, a jovem reflete sobre o episódio como uma segunda chance inexplicável. "Isso é um verdadeiro milagre para mim", disse, ainda abalada.
