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Navio Star of Bengal naufragou no início do século ado, matando mais de cem pessoas, em sua maioria trabalhadores imigrantes asiáticos
Um grupo de moradores do Alasca organizou uma expedição voluntária e conseguiu localizar um sino de 150 anos pertencente ao navio Star of Bengal, que naufragou em 1908 próximo à Ilha Coronation, no Oceano Antártico. O desastre matou 110 pessoas, em sua maioria trabalhadores imigrantes asiáticos empregados em fábricas de conservas. A expedição, além de recuperar o artefato histórico, buscou investigar mais detalhes sobre o acidente e identificar as vítimas envolvidas.
O Star of Bengal, uma embarcação de 80 metros, partiu de Wrangell, no Alasca, com destino a São Francisco, nos Estados Unidos. Rebocado por dois navios auxiliares, o cargueiro transportava suprimentos, salmão enlatado e 96 trabalhadores.
Durante a viagem, fortes ventos atingiram o navio, e os rebocadores não conseguiram mais guiá-lo. Quando a embarcação começou a afundar, a tripulação trancou os trabalhadores no porão, deixando-os sem chance de fuga.
O incidente é considerado o segundo mais mortal da história marítima da região, atrás apenas do naufrágio do Princess Sophia em 1918, que matou 343 pessoas.
A equipe liderada por Gig Decker, pescador e mergulhador comercial, já havia identificado a localização do naufrágio em 2022, mas as condições climáticas impediram uma exploração completa. Neste ano, a nova equipe encontrou o casco partido em três partes espalhadas por uma área de cerca de 40 mil metros quadrados.
De acordo com o portal Galileu, a descoberta do sino teve um grande valor simbólico. Segundo a arqueóloga marinha Evguenia Anichtchenko, o sino representa uma ligação direta com as vítimas, já que era uma peça essencial do navio, assim como os trabalhadores eram vitais para o funcionamento das fábricas. O grupo pretende restaurá-lo em parceria com o Centro de Arqueologia Marítima da Texas A&M e exibi-lo no Museu Wrangell. O custo estimado da restauração é entre US$ 6.000 e US$ 10.000.
Além da recuperação do sino, a equipe busca identificar as vítimas esquecidas do desastre, especialmente os 66 imigrantes chineses cujos nomes não foram registrados. Vale destacar que a maioria dos tripulantes, que eram brancos, recebeu um sepultamento nobre, enquanto que os trabalhadores foram apenas enterrados no fundo do mar. O grupo pretende colaborar com instituições e embaixadas para reconhecer as vítimas e discutir possíveis reparações às suas famílias.