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Descoberta de espécie que viveu na Bacia do Recôncavo foi detalhada em artigo científico publicado no ano de 2024 na revista Historical Biology
Uma análise de fósseis históricos da Bahia trouxe à tona dados inéditos sobre a diversidade de dinossauros no Cretáceo Inferior, revelados no ano ado. Encontrados na Bacia do Recôncavo entre 1859 e 1906, esses fósseis foram recentemente redescobertos no Museu de História Natural de Londres.
Entre os destaques está Tietasaura derbyiana. A espécie foi nomeada em homenagem ao romance "Tieta do Agreste", de Jorge Amado, e também a Orville Adelbert Derby, que foi membro da Comissão Geológica do Império, além de pioneiro da paleontologia no país.
A descoberta foi detalhada no artigo científico “Reavaliação das descobertas históricas de fósseis no Estado da Bahia revela uma fauna diversificada de dinossauros no Cretáceo Inferior da América do Sul”, publicado na revista Historical Biology no ano de 2024. Liderado por Kamila Bandeira, do Laboratório de Sistemática e Biogeografia da UERJ, o estudo é focado no período pré-barremiano, que teve lugar há cerca de 130 milhões de anos.
Tietasaura derbyiana pertence ao grupo dos elasmarianos, dinossauros herbívoros de porte pequeno a médio. Identificada a partir de um fêmur incompleto coletado na formação Marfim, na Bahia, em 1906, a espécie foi inicialmente confundida com um crocodiliforme. Somente no século 21, mais de cem anos depois, análises detalhadas corrigiriam essa identificação, estabelecendo Tietasaura como o primeiro ornitísquio nomeado no país.
"A Tietasaura, embora incompleta, é a primeira prova nominal da existência de uma espécie pertencente ao grupo dos ornitísquios, uma ordem de dinossauros herbívoros. Antes, só existiam pegadas, que são registros indiretos da agem desses animais em nosso país", disse Kamila, de acordo com o site do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Além de ornitísquios, os fósseis estudados indicam a presença de, pelo menos, duas linhagens de terópodes e duas de saurópodes.
Entre os terópodes, espinossaurídeos e carcharodontossaurídeos foram teorizados como os principais predadores do paleoecossistema local, alinhando-se a padrões observados em bacias semelhantes ao redor do mundo.
A pesquisa também enfatiza o potencial ainda inexplorado dos depósitos fossilíferos do Cretáceo no estado da Bahia.