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Notícias / Ciência

Estudo revela o que filhotes de lobo comeram há 14 mil anos

Fósseis analisados em novo estudo são de duas lobas irmãs e foram encontrados congelados no norte da Sibéria em 2011 e 2015

por Giovanna Gomes
[email protected]

Publicado em 13/06/2025, às 08h23

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Filhotes foram congelados no norte da Sibéria - Divulgação/Instituto Real Belga de Ciências Naturais
Filhotes foram congelados no norte da Sibéria - Divulgação/Instituto Real Belga de Ciências Naturais

Um estudo recente realizado por uma equipe internacional de cientistas revelou que os chamados "filhotes de Tumat" — dois fósseis descobertos congelados no norte da Sibéria — não pertencem à linhagem dos cães modernos, como se acreditava anteriormente. Os restos mortais, datados de aproximadamente 14 mil anos, pertencem, na verdade, a duas lobas irmãs, segundo a análise genética publicada na revista Quaternary Research.

A pesquisa envolveu especialistas da Bélgica, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Rússia e Suécia, que, além de confirmarem a origem lupina dos animais, descobriram algo ainda mais surpreendente: uma delas havia comido carne de rinoceronte-lanoso pouco antes de morrer. A presença de tecidos não digeridos no estômago da loba sugere que a morte ocorreu logo após a refeição.

Segundo informações do portal Galileu, os filhotes foram encontrados em dois momentos distintos — em 2011 e 2015 — dentro de uma toca soterrada na região de Syalakh, a cerca de 40 km da vila de Tumat. Ambos os corpos estavam notavelmente preservados pelo gelo, ao lado de ossos de mamutes-lanosos. A ausência de ferimentos ou marcas de ataque indicou que provavelmente morreram devido a um deslizamento de terra.

Conteúdo intestinal

De acordo com a fonte, a análise do conteúdo intestinal também revelou vestígios de um pequeno pássaro chamado alvéola e restos vegetais, sugerindo uma dieta variada e um habitat ecologicamente diverso. Ainda havia sinais de amamentação, o que indica que, embora já consumissem carne, os filhotes ainda dependiam do leite materno.

Os pesquisadores levantam hipóteses para explicar o consumo de carne de rinoceronte-lanoso: o animal poderia ter sido um filhote, mais fácil de abater, ou resultado da caça de adultos por membros mais velhos da matilha.

Apesar da decepção para quem esperava que fossem os cães mais antigos já encontrados, o estudo oferece novas pistas sobre a ecologia do Pleistoceno.

"Por mais que muitos fiquem desapontados ao saber que esses animais são quase certamente lobos, vale destacar que eles nos ajudaram a entender melhor o ambiente da época", disse a pesquisadora Anne Kathrine Runge. "Mais incrível do que encontrar essas irmãs tão bem preservadas, é poder agora contar a sua história em detalhes", finalizou.